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inSAUniDADE

Muitos já cantaram, escreveram, declamaram sobre a saudade. Essa palavra bem portuguesa, que não se traduz nem se explica. Já se passaram noventa e poucos dias da minha chegada nessas terras galegas, e muitas vezes me pego pensando em momentos banais do passado dos quais atualmente yo echo mucho de menos! Principalmente nesse tempo meio frio, totalmente chuvoso e num país onde bons chocolates não custam muito.. aí a saudade pega mesmo muitas vezes!
Saudade de nos domingos de manhã acordar e comer o cuscuz da mamãe, ou de ainda no mesmo domingo, enquanto estou no computador, ouvir meu pai cantando em alto e bom som canções de Zé Ramalho e afins enquanto cozinha. É, domingo sempre foi um dia tenso.
Saudade de passar horas a fio no telefone com algumas pessoas, escutando-as falar e desabafar sobre a vida, paixões, amores. 
Saudade aperta, saudade de apertar: a barriga sarada do meu pai, a minha gorDInha linda, Netuno e Lua. De pegar minhas irmãs, beijá-las e lambuzá-las de propósito, para que elas façam a típica cena de nojo.
Saudade de perturbar minhas irmãs! Ai, disso muitas saudades! De pressionar com possíveis namoros, de brigar pelo último pacote de biscoito ou pelo resto do sorvete guardado no freezer. Ou por elas terem comido tudo, típico.
E que saudades dos meus sucos de frutas, batidos na hora, de gostos e cores variadas! Quem me dera agora um suco de maracujá geladinho... Essa história de beber suco de caixinha todos os dias não me gusta nada. Se a gente ainda tivesse a sorte de encontrar uma marca boa com sabores variados.. ¬¬
E também o que eu não daria agora por uma boa farofa, um bom beiju ou até mesmo por um caruru caprichado?! Quiabo, I MISS YOU!
Saudades dos almoços em família, em vizinhança, com agregados.. daqueles de encher a casa. 
Saudade de projetar com as componentes do meu futuro escritório, e de ensinar sempre o caminho para uma delas..
Saudade de encontrar com o CL todo mês pra discutir um livro, mesmo que a gente acabe falando de vários.. 
Amigo faz uma falta, até nas coisas mais simples. Saudade de tardes jogando WAR e afins, vendo jogos, passeando sem destino pelos corredores dos shoppings e pela cidade... Faz falta até reclamar dos furos que eles sempre dão.. mas a gente sempre perdoa.
E muitas, muitas saudades de Morya e do pai dele. 

Já tá na metade, já vai passar. Mas é que o Natal aflora muita coisa na gente.. coisas que a gente nem sabia que tinha guardado.

 

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